Sintunesp realiza assembleia em 8/2, 14h: Vamos discutir indicativos do Fórum das Seis para a mobilização pelo reajuste emergencial

Sintunesp realiza assembleia em 8/2, 14h: Vamos discutir indicativos do Fórum das Seis para a mobilização pelo reajuste emergencial

Com inflação em alta e salários congelados, poder aquisitivo caiu quase à metade desde maio/2012. Queremos 20% já e negociação das perdas restantes na data-base 2022. Indicativo do Fórum das Seis é não iniciar o semestre letivo se não houver negociações efetivas 

Atendendo ao indicativo feito pelo Fórum das Seis, o Sintunesp convida todas e todos para uma assembleia geral na terça-feira, 8/2, às 14h, em formato virtual (link: https://meet.google.com/uhs-bcvp-ddn). A mesma iniciativa está sendo feita pelas demais entidades irmãs que compõem o Fórum: Adunesp, Sintusp, Adusp, STU, Adunicamp e Sinteps.

Nas assembleias, devemos nos posicionar sobre os seguintes indicativos do Fórum das Seis:

- Realização de uma manifestação – presencial e/ou virtual, de acordo com o cenário pandêmico – em data a ser deliberada.

- Caso o Cruesp não mude sua postura de descaso e desrespeito às categorias, e não haja negociações efetivas de nossas reivindicações: não iniciaremos o primeiro semestre letivo de 2022!

A assembleia do Sintunesp, em 8/2, 14h, terá a seguinte pauta:

  • Informes;
  • Indicativos do Fórum para a luta salarial;
  • Outros.

Se preferir, acesse esse boletim em PDF.

040202Cobrança sobre o Cruesp

O Fórum das Seis vem cobrando, desde novembro passado, que o Conselho de Reitores (Cruesp) negocie a concessão de um reajuste emergencial de 20% em janeiro/2022, como forma de amenizar os efeitos danosos da inflação sobre os salários, encaminhando a negociação das perdas restantes (veja abaixo) na data-base 2022

Após a posse do novo reitor da USP e agora também presidente do Cruesp, professor Carlos Gilberto Carlotti Junior, empossado em 26/1/2022, o Fórum encaminhou ofício cobrando o agendamento urgente de uma reunião, “para que possamos dar continuidade à negociação em aberto entre as partes, mais especificamente a respeito da reivindicação de 20% de reajuste para as categorias, como parte da inflação acumulada desde maio/2012, e da valorização dos níveis iniciais das carreiras.”

O documento lembra, ainda, que no dia 12/1/2022 houve uma reunião entre as equipes técnicas do Cruesp e do Fórum das Seis. Como os representantes do Cruesp não levaram àquela reunião as simulações que haviam sido combinadas anteriormente (sobre o impacto da aplicação do índice de 20% aos salários em janeiro/2022 e sobre as propostas do Fórum para a valorização dos níveis iniciais das carreiras), ficou acertado que o fariam antes da próxima reunião entre Cruesp e Fórum das Seis. “Assim, lembramos a necessidade de que tais simulações nos sejam enviadas o quanto antes”, diz o texto.

Além da questão salarial, o ofício solicita que a próxima reunião entre Cruesp e Fórum das Seis contenha outras duas questões relevantes: 1) a posição das instituições sobre os tempos aquisitivos dos servidores no período de vigência da LC 173/2020 e que impactam direitos relativos a quinquênios, sexta-parte, licença-prêmio, progressões e outros; 2) o debate democrático sobre o retorno às atividades presenciais nas instituições, especialmente no momento em que o número de contaminações cresce exponencialmente por conta da variante ômicron e o total de mortes diárias volta a preocupar.

Não houve resposta até este momento.                 

Números são avassaladores

Segundo dados da Planilha Cruesp, de fechamento de 2021, o comprometimento dos recursos do ICMS-QPE repassados às universidades com salários foi o menor desde o advento da autonomia, em 1989. Veja:

Média das três universidades: 66,84%

Unesp: 65,18%

Unicamp: 69,25%

USP: 66,57%

A inflação, por outro lado, segue em disparada nos últimos meses. O INPC, medido pelo IBGE, de janeiro a dezembro de 2021, ficou em 10,16%. O acumulado de maio/2012 (nossa referência) até dezembro/2021 é de 77,46%. Como tivemos 27,01% de reajuste neste período, chegamos a dezembro/2021 precisando de 39,72% de reposição para recuperarmos nosso poder aquisitivo de maio/2012.

Se nada for feito agora, supondo uma inflação em torno de 4% no primeiro quadrimestre de 2022, chegaremos a maio/2022 precisando de cerca de 45% de reajuste para recuperar o valor que os salários tinham em maio/2012.

Foi este cenário, somado à postura intransigente do Cruesp em não negociar a essência da nossa data-base ano passado (recuperação salarial, valorização dos níveis iniciais das carreiras e discussão do retorno presencial seguro), que levou o Fórum a atualizar a Pauta de Reivindicações 2021, com os seguintes pontos:

  1. Reajuste, a partir de janeiro 2022, de 20% para recuperação parcial da perda acumulada desde maio/2012;
  2. Negociação de um plano de reposição para zerar as perdas restantes, relativas ao período de maio/2012 a abril/2022, com a perspectiva de concluir a discussão deste plano ainda na data-base de 2022; e da valorização dos níveis iniciais das carreiras, com base nas propostas do Fórum das Seis.

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