O reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, reafirmou a posição de manter a retomada das aulas presenciais a partir de 3 de março. Durante sessão ordinária da Câmara de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), o reitor ainda comemorou a adesão dos estudantes à vacinação contra a Covid-19. Informou que 90,2% dos alunos de graduação que confirmaram matrícula apresentaram comprovação de imunização.
“Nós tivemos as matrículas concluídas e é importante mencionar que 90,2% dos nossos alunos comprovaram vacinação. É um êxito importante, a gente tinha receio em relação a essa deliberação”, confirmou o reitor, se referindo às normas da universidade para retorno presencial.
“Normalmente, temos perda do número de alunos de 6% a 7% no período de matrícula, então, a diferença entre a situação usual (100% dos alunos) e a atual (90,2% imunizados), levando em conta essa perda, é só de cerca de 3%. Estamos organizando retorno com grau de segurança bastante razoável em função até da vacinação dos nossos estudantes de graduação.”
No início de outubro do ano passado, uma resolução da universidade regulamentou a retomada das atividades presenciais dos alunos de graduação, pós-graduação, Extensão e Colégios Técnicos nos campi da Unicamp, para os quais a apresentação do comprovante de vacinação é obrigatória. A mesma regra vale para os alunos que foram aprovados no vestibular deste ano.
O reitor anunciou também que os equipamentos para as “salas gêmeas” devem chegar nos próximos dias. O escritório de dados da universidade desenvolveu uma ferramenta digital que, com base no cálculo dos alunos matriculados, vai avaliar as condições de cada sala e estabelecer a quantidade de pessoas que poderão ocupar o espaço.
Caso o número de alunos exceda a capacidade do ambiente, parte dos alunos assistirá a aula em “salas compartilhadas”, ou “salas gêmeas”, por meio de um equipamento específico que está sendo adquirido. Além dos equipamentos, haverá compra de móveis, ampliação de janelas para melhor ventilação e contratação de empresa especializada na limpeza de todos os aparelhos de ar-condicionado da Universidade.
“Vamos fazer essa logística das salas de aula e na inviabilidade disso, vamos pensar em revezamento de alunos nas salas de aulas, mas vamos esgotar todas as possibilidades para ter todos os nossos alunos aqui, próximos. A meta nossa é trazer nossos alunos de volta. Se tiverem que ter alguma aula remota, que tenham aqui ao lado, junto da gente, para reocupar esse campus”, garantiu.
Meirelles confirmou, porém, que a reitoria não está fechada à possibilidade de adiamento, caso haja piora dos números ou uma nova onda de casos no futuro. “Se a pandemia se agravar, nós temos de recuar. Não estamos fechados a qualquer adiamento, nossa meta é não apontar nessa direção, nosso propósito não é se apegar a uma solução única, é ter uma margem de abertura. Vamos ter de olhar com carinho todas as situações e aceitar sugestões, ouvir. Colocar máquina em movimento para retomar o campus é muito difícil.”
Não estamos fechados a qualquer adiamento, nossa meta é não apontar nessa direção, nosso propósito não é se apegar uma solução única, é ter uma margem de abertura. Vamos ter de olhar com carinho todas sas situações e aceitar sugestões, ouvir.