A situação da pandemia de Covid está longe de estar controlada. Nas últimas semanas, assistimos a um aumento vertiginoso no número de contágios, o que já sobrecarrega o sistema de saúde. De acordo com dados divulgados pela imprensa, a taxa de transmissão já está acima de 2, o que indica total descontrole. Mesmo o número de óbitos, minorado pelos efeitos da vacinação, também atinge patamares preocupantes, com média de mais de 700 por dia, atingindo mais de mil mortes em alguns dias. Diante desse cenário, entendemos que são necessárias medidas de restrição que contenham a circulação de pessoas, e, por essa via, a própria circulação do vírus.

As(os) trabalhadoras(es) do restaurante central da USP, conhecido como Bandejão, iniciaram uma paralisação desde o dia 12 de janeiro, como resposta a um surto de Covid ocorrido na unidade, que chegou a 20 infectados. Esse movimento se espalhou pela Universidade, e os funcionários já aprovaram em duas assembleias um Indicativo de Greve Sanitária, reivindicando da reitoria a liberação
de todas e todos os trabalhadores de serviços não essenciais do trabalho presencial, ao menos até o início das aulas, que só devem começar quando as condições sanitárias permitirem.

A USP adotou uma política discriminatória, forçando que apenas os funcionários administrativos e operacionais sejam obrigados a trabalhar presencialmente, enquanto os docentes e estudantes seguem protegidos em suas casas. Com a força do nosso movimento, a nova gestão reitoral editou uma portaria que autorizou dirigentes de unidades a liberarem seus funcionários das atividades presenciais. Embora importante, tal medida é insuficiente, já que gera divisões e desigualdades.

Nesta quarta, 9/2, finalmente ocorrerá uma reunião entre o sindicato e a reitoria para negociarmos uma saída para essa situação. É fundamental que todas e todos que puderem, mantendo todos os cuidados sanitários, participem desse Ato, para que o reitor atenda nossas reivindicações:

  • Liberação imediata de todos os trabalhadores de serviços não essenciais!
  • Abono das horas negativas do banco de horas de 2019, de antes da pandemia!
  • Condições de Trabalho e testagem regular para os trabalhadores de serviços essenciais!