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Unicamp afasta professor envolvido em briga com aluno dentro do campus

Foto: Divulgação

O professor da Unicamp Rafael de Freitas Leão, envolvido em uma briga com alunos durante as manifestações desta terça-feira, 04, foi afastado pelo Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (IMECC) durante todo o segundo semestre de 2023.

O IMECC da Unicamp havia sugerido na segunda-feira (2), por conta da paralisação, que os docentes considerassem a possibilidade de suspensão das aulas nesta terça-feira (3). A sugestão, contudo, não foi acatada pelo professor. Em nota, o conselho lamentou o ocorrido e repudiou os atos de violência praticados pelo docente durante a paralisação das atividades discentes.

Segundo a defesa, quando Rafael chegou na instituição pela manhã, viu um grupo de alunos se aglomerando na entrada da sala. Ainda segundo o boletim, ao tentar entrar na sala, foi abordado por Gustavo Bispo, que teria dito que ele não daria aula em decorrência da paralisação.

No depoimento, Leão diz que o aluno o empurrou e, por esse motivo, pegou a faca e o spray de pimenta. O rapaz teria se afastado e ele guardando o armamento. O docente afirmou que muitos jovens se aglomeraram ao seu redor, incluindo João, amigo de Gustavo, que teria chamado os alunos para avançarem contra ele. Por medo de ser linchado, conta que usou o spray de pimenta. Seguranças se aproximaram e o levaram para uma sala, onde esperou a Polícia Militar.

Já Gustavo, que é diretor do Diretório Central dos Estudantes (DCE), disse ter sido o primeiro alvo das agressões. Ele afirma que o professor agiu com violência logo que entrou na sala para explicar os motivos da paralisação.

O boletim de ocorrência foi registrado no plantão policial do 1º Distrito Policial como lesão corporal e incitação ao crime, tendo Rafael como vítima e Gustavo como autor. O caso foi encaminhado ao Juizado Especial Criminal.

Já a Reitoria da Unicamp, por meio de nota, informou que repudia “os atos de violência praticados no campus de Barão Geraldo”. Diz ainda que “a conduta do docente, para além do inquérito policial instaurado, será averiguada por meio dos procedimentos administrativos adequados e serão tomadas as medidas cabíveis”.

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