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CotidianoUnicamp afasta professor acusado de agressão e ameaça com faca

Unicamp afasta professor acusado de agressão e ameaça com faca

Caso aconteceu na manhã desta terça-feira, durante um protesto de estudantes e funcionários da universidade, em Campinas

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O IMECC (Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica) da Unicamp decidiu pelo afastamento do professor que foi acusado de agredir e ameaçar alunos usando uma faca no campus do distrito de Barão Geraldo, em Campinas. A confusão aconteceu ontem (3) durante um protesto de alunos e funcionários da universidade. O docente, identificado como Rafael de Freitas Leão, portava uma faca e um spray de pimenta.

A informação sobre o afastamento foi divulgada pelo Conselho Interdepartamental do Instituto, e deve acontecer neste segundo semestre.

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Em nota, o Conselho afirma ainda que os docentes já tinham sido pautados sobre a manifestação no dia anterior, e foram orientados a considerar a suspensão de aulas para “minimizar possíveis conflitos” – contestando a versão apresentada pelo docente à Polícia Civil, na qual afirmou que só soube sobre o protesto ao chegar na sala de aula.

Questionados sobre a decisão de afastamento, os advogados de Rafael responderam que a decisão “é extremamente prematura, sem que se haja uma análise apurada da realidade que ocorreu”.

Novo protesto

Nesta quarta-feira (4), novamente os estudantes da Unicamp realizam uma paralisação. Eles protestam, entre outras coisas, pela exoneração do professor. Ontem, os grupos manifestaram contra a privatização de órgãos estaduais e precarização das instituições públicas de ensino, em apoio à greve que acontecia também na capital.

A agressão

Durante a manifestação que gerou bloqueios em salas de aula e em trechos da Unicamp, o professor Rafael de Freitas Leão, foi acusado de agredir e tentar esfaquear um aluno.

A acusação foi feita pelo aluno Gustavo Bispo, de 20 anos, que é diretor do DCE (Diretório Central dos Estudantes). Segundo Bispo, além dele, outro estudante teria sido agredido pelo docente.

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Em um vídeo publicado nas redes sociais é possível ver o momento em que dois homens, que seriam o docente e o aluno, aparecem brigando ao lado de uma grade, em um andar superior. Os dois se agridem no chão e há muita gritaria. No vídeo é possível ver que o homem, que seria o professor, segura um objeto pontiagudo. Na sequência, dois homens, aparentemente seguranças da universidade, separam a briga e conseguem apreender um objeto que aparenta ser uma faca.

A denúncia

Em uma rede social, Gustavo Bispo denunciou a agressão.

“Hoje, no momento em que a Unicamp amanheceu paralisada, ao tentar um diálogo com um professor sobre a paralisação o professor pegou no meu braço, me jogou no chão e levantou uma faca para mim vindo para cima”, disse. Apesar do susto, ele não ficou ferido.

Outro aluno também disse que o mesmo professor ameaçou o atacar com spray de pimenta, porém foi impedido por outras pessoas.

Nas redes sociais, o professor publicou fotos com uma faca e postou uma imagem de um homem com um machado. Apesar da versão dos estudantes, Rafael também registrou um boletim de ocorrência e afirmou que foi atacado (veja mais abaixo). O caso foi encaminhado para o 7º DP (Distrito Policial) e segundo a Polícia Civil o professor foi ouvido.

A versão do professor


Um boletim de ocorrência foi registrado pelo professor. Nele, o docente afirma que já sofreu ameaças de alunos e representou contra estudantes em 2016, e por isso carregava na data de hoje um frasco de spray pimenta e uma faca para sua defesa, mas não sabia da paralisação.

Segundo a versão do professor, ao chegar na sala viu um grupo de jovens aglomerados na entrada, mas não soube informar se o grupo era de estudantes da Unicamp, e Gustavo teria investido contra ele, comunicando que não haveria aula por causa da paralização.

No boletim, Leão afirma ainda que foi empurrado no chão, teve lesões na cintura e por isso teria se munido do spray e faca, e após a confusão, com medo de ser linchado teria usado o spray contra os estudantes.

O que diz a Unicamp?


Em nota, a Reitoria da Unicamp repudiou atos de violência praticados no campus e afirmou que a conduta do docente será analisada.


“A conduta do docente, para além do inquérito policial instaurado, será averiguada por meio dos procedimentos administrativos adequados e serão tomadas as medidas cabíveis. Ressalte-se, ainda, que a Reitoria vem alertando que a proliferação de atos de violência com justificativa ou motivação política não é salutar para a convivência entre diferentes. É preciso, nesse momento, calma e serenidade para que os conflitos sejam tratados de forma adequada e os problemas, dirimidos”, diz em texto.

A PRG (Pró-Reitoria de Graduação) também manifestou repúdio às atitudes do professor, e disse que se posiciona pela aplicação imediata dos procedimentos administrativos e legais necessários, “compatíveis com a gravidade do caso”.

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