A reitorida da Unicamp publicou, na noite dessa terça-feira, afirmando que "ir armado para a sala de aula" e "tentar infligir uma facada em um estudante" são atitudes inadmissíveis e não devem ser toleradas. Ao mesmo tempo, reunidos na universidade, os estudantes decidiram, em assembleia, entrar em greve.
Entre os motivos pela greve, estão o pedido de contratação de professores, de cota para trans e para pessoas com deficiência, além da garantia de permanência e acessibilidade. O grupo também pede a exoneração do professor acusado por estudantes de tentar esfaquear o aluno e a garantia de alimentação aos fins de semana na moradia estudantil.
"A Pró-Reitoria de Graduação se posiciona pela aplicação imediata dos procedimentos administrativos e legais necessários, compatíveis com a gravidade do caso", informou a nota, publicada nas redes sociais da Unicamp.
Alunos do Diretório Central os Estudantes (DCE) da Universidade de Campinas (Unicamp) denunciaram o professor da instituição que tentou agredir, na manhã desta terça-feira, um dos diretores da entidade estudantil com uma faca. O docente também usou spray de pimenta contra os alunos.
Já a Polícia Civil apontou os alunos como autores dos crimes e o professor como vítima. No BO do 1º Distrito da Polícia Civil em Campinas, um lado acusa o outro de ter iniciado as agressões.
Em seu depoimento, o estudante Gustavo Bispo, diretor do DCE da Unicamp, disse ter sido agarrado pelo braço, agredido com uma "ombrada" no peito, jogado no chão e ameaçado com uma faca.
Já o professor, cujo nome não foi divulgado, afirmou que foi ele o derrubado inicialmente e que, a partir de então, usou a faca e o spray de pimenta para se defender. Ele justificou o fato de levar as armas com ele para a universidade a uma ameaça que teria sofrido de estudantes em 2016 — que não são os mesmos da confusão desta terça — na universidade.